A Biologia Molecular das Doenças Inflamatórias Intestinais
PINHO, Mauro. A Biologia molecular das doenças inflamatórias intestinais. Rev bras. colo-proctol. [online]. 2008, vol.28, n.1, pp. 119-123. ISSN 0101-9880.
“Apesar de sua elevada prevalência, a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa permanece como um grande desafio apesar de muitas décadas de pesados investimentos em pesquisa. Estudos clínicos em grande escala, assim como análises em ciências básicas mostraram-se insuficientes para superar a complexidade destas doenças as quais, apesar de apresentar uma profunda similaridade entre si, possuem uma extensa variedade no que diz respeito à incidência, sítio anatômico de envolvimento, formas de apresentação, evolução e resposta terapêutica.” (p.119)
“O objetivo deste artigo será, apresentar uma breve revisão sobre o estado atual dos conceitos e resultados gerados até o momento pela análise biomolecular dos mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela ocorrência das doenças inflamatória intestinais.” (p.119)
“Sabe-se que a ocorrência de uma doença inflamatória crônica representa a perda do equilíbrio acima citado, constatando-se uma elevação local dos níveis de diversas citocinas.” (p.120)
“Existem múltiplas evidências de que as bactérias desempenham um papel chave no surgimento dasdoenças inflamatórias intestinais crônicas. Estudos experimentais demonstram a impossibilidade do desenvolvimento desta inflamação na ausência de bactérias, levando à ampla aceitação atual do aforisma “sem bactéria, não há colite”. (p.120)
“O equilíbrio imunológico baseia-se em grande parte na existência de um mecanismo denominado como imunidade inata. Através deste, células de defesa como macrófagos e células dendríticas, existentes na mucosa intestinal, são capazes de detectar a presença de moléculas associadas a microrganismos.” (p.120)
“Além das alterações ocorridas na flora bacteriana e na resposta imune à presença de bactérias, o comprometimento da barreira mucosa é considerado como um terceiro aspecto capaz de contribuir para a fisiopatologia das doenças inflamatórias intestinais.” (p.122)
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